Distraída em seu banho, não percebera que alguém da janela entreaberta a observava. Tratava-se de um dos empregados e, para sorte dela, ainda não pensava em denunciá-la. O rapaz adentrou no cômodo e seguiu até a cortina, abrindo-a falou.
- Bonsoir, mademoiselle.
No susto, ela escondeu-se na beira da tina deixando apena o rosto de fora. Olhou para o chão e viu sua velha adaga sobre suas vestes. Percebendo o pensamento da moça ele tratou de explicar-se.
- Calma... Não irei machucar-lhe. – seu sotaque chamou a atenção.
- Enton o que querres? – indagou.
- Apenas curiosidade. O que faz uma moça tão “belle” escondida na casa de um humilde empregado como moi? Hum?
- Non sabia que estava ocupada, monsier. Sou a nova empregada da casa, encontrei esse cômodo vazio e me apossei.... digo, me acomodei.
- Nova empregada? Sérrio? – imitou o sotaque da moça debochando da mesma. Engraçado, também sou novo por aqui e não lembro-me dos Fontaine terem empregado nenhuma “mademoiselle” por estes dias.
- Orras, acabei de chegar e... Ao perceber que sua desculpa não mais surtiria efeito, num rápido movimento pegou sua adaga e apontou-a para o rapaz, ameaçando-o. Este afastou-se para trás e com receio tentou acalmá-la.
- Hey... não precisa me ameaçar, não contarei a ninguém que estás acomodada em meus aposentos.
- Sei que non. Gostarria apenas que saia desta ala parra que moi possa me vestir. Ele riu.
- Como irá me atacar se não queres que te veja... desnuda?
- Uma adaga non se utiliza só de perto, monsier. – sorriu arqueando a sobrancelha e preparou a adaga para atirá-la.
- Ok, ok... Tudo bem. Esperarei lá fora. – receoso retirou-se imediatamente.
Vendo que estava novamente sozinha, ela levantou vestindo-se rapidamente. Ia fugir pela janela, mas assim não teria onde dormir e comer. Revirou os olhos e suspirou. Foi para perto da porta e avisou ao seu anfitrião de que já havia se vestido. Este entrou novamente.
- Achei que fosse fugir pela janela.
- Tenho outros planos... Vais me denunciar? Monsier... – sorriu de canto.
- Não mesmo, mademoiselle... – olhou-a cima a baixo. Qual é o seu nome?
- Amora... – engoliu seco após perceber a intenção do olhar do rapaz. Amora Chevalle.
- Oui, senhorita Chevalle. Podes ficar por aqui, mas não por muito tempo e nada de me arrumar confusão.
- Sou totalmente imune a confusões. – respondeu ela.
- Melhor assim. Se me permite, irei banhar-me.
Após acenar para ela com um inclinar de rosto e esta dar-lhe passagem, ele seguiu para a ala de banho despindo-se pelo meio do caminho sem preocupar-se com a moçoila presente. Esta por sua vez, sentiu-se embaraçada por não ser costumeira tal atitude, não para ela. Porém não foi somente embaraço que sentira, havia outra sensação a qual nunca havia sentido antes. Ele seguiu seu caminho para o banho e ela foi até sua bagagem retirar o que não lhe serviria mais. Sentou-se na varanda da pequena casinha, que na verdade não passava de um cômodo e ficou a observar a casa grande. O rapaz saiu da pequena casa e sentou ao seu lado.
- Linda casa, não?
- Oui... – olhou para ele. Non me disse seu nome.
- Ah claro. Chamo-me John L. Fante. Prazer! – estendeu-lhe a mão.
- Exanté, monsier Fante. – falou enquanto pousava sua mão a dele, este a apertou. Amora estranhou tal cumprimento, geralmente os homens beijavam-lhe as costas da mão, mas sorriu.
- Non és daqui, és? – perguntou.
- Não milady. Sou inglês. – respondeu ele olhando para casa grande, ela fez o mesmo.
- Diga-me John, conhece bem a casa? Ela é bonita por dentro também?
- Sim, sim...
E ali ficaram a conversar até as luzes da casa se apagarem. Os dois entraram, John arrumou um lugar para dormir e cedeu a Amora sua cama. Enfim dormiram.
- Calma... Não irei machucar-lhe. – seu sotaque chamou a atenção.
- Enton o que querres? – indagou.
- Apenas curiosidade. O que faz uma moça tão “belle” escondida na casa de um humilde empregado como moi? Hum?
- Non sabia que estava ocupada, monsier. Sou a nova empregada da casa, encontrei esse cômodo vazio e me apossei.... digo, me acomodei.
- Nova empregada? Sérrio? – imitou o sotaque da moça debochando da mesma. Engraçado, também sou novo por aqui e não lembro-me dos Fontaine terem empregado nenhuma “mademoiselle” por estes dias.
- Orras, acabei de chegar e... Ao perceber que sua desculpa não mais surtiria efeito, num rápido movimento pegou sua adaga e apontou-a para o rapaz, ameaçando-o. Este afastou-se para trás e com receio tentou acalmá-la.
- Hey... não precisa me ameaçar, não contarei a ninguém que estás acomodada em meus aposentos.
- Sei que non. Gostarria apenas que saia desta ala parra que moi possa me vestir. Ele riu.
- Como irá me atacar se não queres que te veja... desnuda?
- Uma adaga non se utiliza só de perto, monsier. – sorriu arqueando a sobrancelha e preparou a adaga para atirá-la.
- Ok, ok... Tudo bem. Esperarei lá fora. – receoso retirou-se imediatamente.
Vendo que estava novamente sozinha, ela levantou vestindo-se rapidamente. Ia fugir pela janela, mas assim não teria onde dormir e comer. Revirou os olhos e suspirou. Foi para perto da porta e avisou ao seu anfitrião de que já havia se vestido. Este entrou novamente.
- Achei que fosse fugir pela janela.
- Tenho outros planos... Vais me denunciar? Monsier... – sorriu de canto.
- Não mesmo, mademoiselle... – olhou-a cima a baixo. Qual é o seu nome?
- Amora... – engoliu seco após perceber a intenção do olhar do rapaz. Amora Chevalle.
- Oui, senhorita Chevalle. Podes ficar por aqui, mas não por muito tempo e nada de me arrumar confusão.
- Sou totalmente imune a confusões. – respondeu ela.
- Melhor assim. Se me permite, irei banhar-me.
Após acenar para ela com um inclinar de rosto e esta dar-lhe passagem, ele seguiu para a ala de banho despindo-se pelo meio do caminho sem preocupar-se com a moçoila presente. Esta por sua vez, sentiu-se embaraçada por não ser costumeira tal atitude, não para ela. Porém não foi somente embaraço que sentira, havia outra sensação a qual nunca havia sentido antes. Ele seguiu seu caminho para o banho e ela foi até sua bagagem retirar o que não lhe serviria mais. Sentou-se na varanda da pequena casinha, que na verdade não passava de um cômodo e ficou a observar a casa grande. O rapaz saiu da pequena casa e sentou ao seu lado.
- Linda casa, não?
- Oui... – olhou para ele. Non me disse seu nome.
- Ah claro. Chamo-me John L. Fante. Prazer! – estendeu-lhe a mão.
- Exanté, monsier Fante. – falou enquanto pousava sua mão a dele, este a apertou. Amora estranhou tal cumprimento, geralmente os homens beijavam-lhe as costas da mão, mas sorriu.
- Non és daqui, és? – perguntou.
- Não milady. Sou inglês. – respondeu ele olhando para casa grande, ela fez o mesmo.
- Diga-me John, conhece bem a casa? Ela é bonita por dentro também?
- Sim, sim...
E ali ficaram a conversar até as luzes da casa se apagarem. Os dois entraram, John arrumou um lugar para dormir e cedeu a Amora sua cama. Enfim dormiram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário