sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A fuga

Na primeira oportunidade escondeu-se entre as bagagens de alguma charrete, que partiu em alguns minutos. Em sua bagagem levava apena um mapa extraído de um livro, uma muda de roupa e um pouco de alimento. Com a charrete conseguiu chegar até Orléans, chegou à noite do mesmo dia. E antes que seu transporte à porta da residência desejada, a pequena fugitiva em um pulo saiu desta. Em meio ao jardim da casa, ela olhava-a de longe observando a movimentação na varanda. De dentro da casa saiu um casal e da charrete uma garota, já quase mulher, ambos abraçaram-se. Olhando aquele momento família ela, a fugitiva, fez uma careta de deboche e seguiu para os fundos da casa. Lá descobriu alguns quartos que serviam de abrigo para os empregados da família, esgueirando-se foi a procura de algum cômodo vazio até que encontrou um mais afastado. Ali se banharia e esperaria todos dormirem, para por a segunda parte do seu plano em prática. Após averiguar se realmente estava sozinha, despiu-se para o banho e, embora fosse de estatura pequena, seu corpo mostrava a mulher que seu rosto quase infantil escondia. É a pequena fugitiva, já não era tão pequena assim. Completavam-se dois anos que se despedira de seu pai à porta do Collége de Notre Dame de Sion... 

"- Mas pére... 
- É prreciso ma fille, tenho negócios a tratar nas Américas. Non poderrei levá-la. 

E ele partiu. Seus olhos acompanharam seu pai até onde não mais alcançava, embora estivesse acostumada com as partidas e sumiços de seu pai, aquela despedida parecia-lhe especialmente diferente. Virou-se então para o prédio e suspirou, uma freira a esperava à porta sorrindo. Seguiu para a porta e cumprimentou-a. 

- Bonjour, madamme. 
- Bonjour, petite. – as duas entraram."

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